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HORA CERTA - HORA DE BRASÍLIA

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sábado, 7 de agosto de 2010

Aviões mais confortáveis para atender mais passageiros

Salão de jantar do DONIER DO-X
Como as condições de voo melhoraram consideravelmente, as vendas de bilhetes aéreos aumentaram 30 por cento. Os aviões estavam sendo construído em metal, um material mais resistente do que a madeira e tecidos utilizados nos primeiros equipamentos de voo. Em 1936, a TWA introduziu o precursor do avião, o bimotor DE3, de três motores e transportavam 21 passageiros, além de possuir inovações como piloto automático e flaps. Alguns eram equipados com forros luxuosos e assentos estofados, outros possuíam dormitórios. Anos antes na Lufthansa, operou um equipamento de 12 motores, o Dornier DO-X, pousava em terra e água e possuía triplo-Decker que transportava 70 passageiros e tinha seis salas de jantar, bares, camarotes e cabines-dormitórios.


Salão de jantar do DONIER DO-X
Sala de estar do DONIER DO-X

DORNIER DO-X decolando do mar

DORNIER DO-X sobrevoando o Rio de Janeiro

Sucesso nos atendimentos à bordo: Contratação de mais comissárias de voo.

Em 1933, a Eastern Air Lines contratou sete comissárias de bordo para trabalhar em seus Curtiss Condors, cuja capacidade era de 18 passageiros. As jovens que foram inscritas, estavam contratadas em um período de provas com a duração de um ano.

Comissária EASTERN AIRLINES






















 
Nelly Diener - Cortesia SWISS


Logo após, a American Airlines contratou quarto enfermeiros para servir como atendentes em seus voos. A Swissair foi a primeira empresa européia a contratar uma comissária de bordo em 1934. Seu nome era Nelly Diener e faleceu naquele mesmo ano, quando um Lockheed Orion, em que estava trabalhando se envolveu em um acidente. Esse tipo de tragédia era comum nos primeiros anos das viagens aéreas e muitos comissários morreram no intento de salvar seus passageiros. As enfermeiras-comissárias eram consideradas como as heroínas da aviação.


Na cabine, regras de etiqueta extremas...

As “Original Eight” na UNITED tinham outras responsabilidades na cabine, em serviço, descritas da década de 30, no manual de comissárias de voo como, por exemplo: Verificar os parafusos dos assentos de vime no equipamento Ford Trimotor para se certificar que estivessem firmemente presos; Deveriam avisar aos passageiros que não deveriam jogar cigarros acessos ou cinzas, além de outros objetos para fora das janelas, especialmente nas áreas populosas.

Nos voos noturnos, as comissárias deveriam oferecer chinelos aos passageiros. Deveriam ajudar a tirar os sapatos, se assim o desejasse. Deveriam lustrar e limpar cuidadosamente os sapatos antes de devolvê-los; Para não assustar os passageiros ao despertar, deveriam tocar-lhes suavemente ao ombro e, se isso não funcionasse, deveriam puxar o cotovelo acentuadamente, que seria um meio garantido para acordá-lo.







Uma das tarefas mais importantes para as comissárias era a certificação sobre os passageiros que queriam utilizar o banheiro, para que não abrissem a porta de emergência por engano. As comissárias da década de 30 possuíam um livreto com os horários de trens, já dito anteriormente neste, caso o avião tivesse que pousar e os passageiros necessitassem retornar a viagem, via trem. As comissárias também tinham que acompanhar os passageiros até a estação de trem.

Magras, jovens e amigáveis: Requerimentos para as jovens dos céus.

Requerimentos e qualificações para as comissárias foram estabelecidas. A profissional deveria ser solteira, menor de 25 anos, ter estatura baixa e ser muito magra, tendo como base os tetos baixos e os corredores estreitos dos interiores de aqueles aviões. Uma visão ampla ao redor era obrigatória e as comissárias não deveriam pesar mais do que 52 quilos, pois possuir quilos extras significava prejuízo às empresas.
  









Cortesia CONTINENTAL AIRLINES


As comissárias tinham em seu manual de serviço, dicas úteis que mostravam sobre condutas que elas deveriam possuir no atendimento ao cliente como: olhar em direção à parte traseira da cabine quando estiver conversando com os passageiros ou servindo as refeições. Quando estivesse conversando com o passageiro, assumir uma posição respeitável, confiável e hospitaleira.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Fazendeiras e baronesas: Pilotos-mulheres famosas...E de coragem...

Raymonde De La Roche
Na década de 1930, as mulheres que pilotavam aviões já não era uma novidade, como a baronesa francesa Raymonde De La Roche, que foi a primeira mulher piloto licenciada em todo o mundo. Em 1911, Harriet Quimby da cidade de Coldwater, Massachusetts, tornou-se a primeira mulher norte-americana a ser qualificada para obter uma licença do Aero Clube da América e, no início de 1912 tornou-se a primeira mulher piloto a voar sobre o Canal Inglês.

Harriet Quimby

Amélia Earhart, nascida em Kansas, tornou-se a queridinha da América nos anos 30, pois cruzou o Atlântico sozinha em 1932, voando de Newfoundland (Terra-Nova) à Irlanda em 14 horas e 56 minutos, marcando recorde. Earhart também foi a primeira mulher a atravessar com êxito solitariamente entre Hawaii e a Califórnia em 1935. Ela desapareceu sobre o centro do Oceano Pacífico em um bimotor Lockheed Electra em 1937, onde dois terços de sua vida voou ao redor do mundo.

Amélia Earhart


A inglesa Amy Johnson foi outra pioneira da aviação que bateu recordes ao longo da década. Em 1930, Johnson ficou famosa por realizar um voo da Inglaterra à Austrália em um biplano minúsculo chamado Gipsy Moth, que ela a apelidou de Jason. No ano seguinte, foi a primeira piloto a voar de Londres a Moscou em apenas um dia, seguindo para Tóquio, Japão. Johnson foi uma mulher tão amada, que foi inspirada uma canção popular chamada de “Amy, maravilhosa Amy”, que dizia em uma parte da canção: "Amy, maravilhosa Amy... Como você pode me culpar por amar você...".




 Amy Johnson

Jacqueline Cochran, nascida na Flórida, também voou nos anos 30 e, provou para ela mesma que, seria uma das maiores pilotos, batendo numerosos recordes. Cochran também era a responsável pela organização e direção da Women's Airforce Service Pilots (WASPs), Força Aérea das Mulheres Pilotos, durante a Segunda Guerra Mundial; A Neo-Zelandesa Jean Batten obteve sua licença de pilotagem em 1932 e fez recordes em seus vôos, da Inglaterra à Austrália, e há ainda numerosas mulheres, não divulgadas aqui que, também foram as pioneiras da aviação e eram consideradas como heroínas nacionais.


Jacqueline Cochran


Jean Batten

Quem eram as "Original Eight"?

Cortesia UNITED
As " Original Eight" ou as "Oito originais" foram treinadas como comissárias de vôo, um nome patenteado pela United em 1934. Para enfatizar o seu profissionalismo, as comissárias vestiam uniformes, como jaquetas de lã de cor verde escuro entrelaçado de lã com botões prateados.



Um sobretudo de lã também foi usado para manter as mulheres mais aquecidas nas cabines das aeronaves que eram muito frias. O sobretudo possuía bolsos grandes o suficiente para acondicionar um livreto dos horários ferroviários, uma chave inglesa e uma chave de fenda para garantir que as poltronas dos passageiros, que eram feitos de vime, não caísse ao chão; Esse sobretudo possuia uma touca também de lã para proteger contra o frio.

Cortesia BRITISH AIRWAYS


Inicialmente, os pilotos americanos e alguns passageiros não confiavam nos valores e no trabalho das comissárias de voo, porém logo depois, a indústria havia aceitado-as como parte integral da família aérea. Alguns passageiros que voavam com regularidade solicitavam confirmação sobre se a sua comissária favorita faria parte daquele voo. As reservas da UNITED se incrementaram substancialmente após que as “Original Eight” foram introduzidas.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Ellen Church que estás nos céus...

Cortesia UNITED

Em 15 de maio de 1930, Ellen Church, nascida em Cresco, no estado de Iowa (EUA), fez história na aviação voando como a primeira comissária de bordo, na Boeing Air Transportes (depois conhecida como United Air Lines), na rota de Oakland, Califórnia para a cidade de Chicago, Illinois. No ano anterior, Church abordou o gerente de tráfego de aeroporto em São Francisco, Steve Stimpson pedindo para trabalhar em um avião. Church, que era enfermeira registrada afirmou a Stimpson que estava bem qualificada para auxiliar os passageiros nas dificuldades que poderiam ocasionar nas viagens. Stimpson escreveu um bilhete para seu patrão,que descrevia: "Imagine que psicologia de se ter mulheres jovens, fazendo parte da tripulação. Imagine que publicidade nós poderíamos fazer pelo país, e que grande efeito que teria sobre as viagens para o publico. Também imagine o valor que seria dado para nós pelo público, não apenas no mais puro e no método mais agradável de servir o alimento, mas olhando para o bem-estar dos passageiros.” A idéia de Stimpson foi rejeitado incialmente, mas ele foi perseverante. Logo depois, foi concedido à Church como chefe de comissários, além de contratar sete enfermeiros adicionais para representar a United.

Cortesia BRITISH AIRWAYS


O lançamento do serviço de atendimento aos passageiros com os "cabin boys".

Cortesia Revista LIFE/USA
Em 1922, a Daimler Airways da Grã-Bretanha, sucessor da AT&T, contratou comissários de bordo, os primeiros do mundo, chamados de “cabin boys”, ou garotos de cabine. Durante muito tempo, até nossos dias, os comissários de bordo foram incorporados nos voos ao redor do mundo.

Os trabalhos destes funcionários caracterizada pela Daimler como “os olhares atentos dos jovens" onde, nos primeiros anos, esses funcionários pesavam passageiros, malotes de correio e cargas variadas. Ao final de 1920, já eram oferecidos aos passageiros, caixas de frango frito. Oportunamente, esses atendentes também ofereciam uma boa dose de apoio moral, uma comodidade inestimável no início dos transportes aéreos de passageiros.

Cortesia UNITED AIRLINES




Já em 1930, os serviços de atendimento e de bordo revolucionaram com o trabalho de Ellen Church, uma jovem mulher, de pequena estatura, mas com grandes idéias.


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Os primeiros vôos europeus e australianos de passageiros.

As condições das viagens dos passageiros na Europa eram similarmente austeras. A precursora da British Airways, a Aircraft Transport and Travel Limited (AT&T), em 1919, lançou o primeiro serviço aéreo regular diário entre a cidade de Londres e de Paris, com o biplano De Havilland 4A, transportando um único passageiro, além da carga, que contava com jornais, caixas do cream-cheese Devonshire, e aves, como perdizes. Atualmente, o voo dura aproximadamente duas horas, naquela época tinha a duração de dois dias para realizar o percurso, fazendo 33 pousos forçados ao longo da rota.

Na Austrália, a Qantas fez seu primeiro voo regular em 1922, uma viagem de 580 quilómetros transportando um passageiro. O piloto, Wilmot Hudson Fysh, afirmou que, quando a aeronave havia aterrissado no local, a população recebeu o avião com curiosidade e estranhamento, como se um astronauta tivesse chegado da lua. A viagem levou cerca de oito horas de voo durante dois dias.

Cortesia BAmuseum.com
Os passageiros desses biplanos viajavam com binóculos, capacetes, óculos de sol e pára-quedas. Colocavam nos ouvidos algodões para proteger dos ruídos dos motores e mascavam gomas de mascar para ajudar a desentupir os ouvidos, bloqueados com os efeitos da altitude, pois não eram pressurizados. Esses passageiros eram pesados antes do embarque, para que o piloto tivesse o cálculo entre o peso da aeronave e equilíbrio antes da decolagem. As cabines eram pequenas e os passageiros desses voos sentavam em cima dos malotes aéreos.


Nenhuma bebida era servida, a não ser que um piloto gentilmente compartilhasse seu café a partir de sua própria garrafa térmica. Os passageiros às vezes enjoavam muito. Mas cada um cuidava de seu próprio desconforto.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

As primeiras rotas do correio aéreo. Os primeiros serviços aéreos de passageiros.

Nos Estados Unidos, o congresso deu o aval para que fossem explorados as primeiras rotas do correio aéreo pelo país; Em 1918, o primeiro malote aéreo foi realizado entre Washigton D.C. e a cidade de Nova Iorque; Dois anos depois, o presidente Wilson oficializou com uma cerimônia, a abertura do serviço de correio aéreo de costa a costa, chamado de United States Air Mail; A partir de 1926, as rotas criadas eram atribuídas às empresas privadas aéreas como a Boeing Air Transport (MTD), que mais tarde passou a ser conhecida como United Airlines, as linhas aéreas do Oriente, da American Airlines, e da Transcontinental e Western Airlines (TWN).

As empresas aéreas acomodavam os passageiros que apareciam ocasionalmente, porém, os trens eram bem mais rápidos, tinham tarifas mais baratas e eram viagens bem mais confiáveis. Por exemplo, um voo de costa a costa durava 32 horas exigindo 14 reabastecimentos na rota, ocasionando atrasos também devido à averias mecânicas ou por má formação meteorológicas. Raramente, haviam refeições disponíveis durante a rota nas escalas e, alguns pilotos ao fazer pousos forçados entregavam aos seus passageiros horários dos trens ferroviários impressos caso não desse para seguir viagem, garantindo segurança e conforto.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Apertem os cintos: as aventuras das viagens aéreas...


Cortesia UNITED
Voar nos tempos áureos era uma verdadeira aventura... Os aviões não possuíam pressurização, as cabines não tinham anti-ruídos e os passageiros tinham que aguentar temperaturas extremas como por exemplo,  o frio de grandes altitudes. Nas aeronaves, não possuíam nenhum sistema de radar, muito menos verificar as condições meteorológicas nas diversas cidades durante a viagem. Se um piloto notasse a aproximação de alguma intempérie, ele pousava em um campo de pastagem de animais até que as formações passassem. Os voos nos Estados Unidos ocorriam durante o dia, pois as pistas de pouso não possuíam nenhuma sinalização até fins da década de 20. Nesta época, a velocidade dos aviões à hélice era de aproximadamente de 125 mph (milhas por hora) e as altitudes não passavam os 10.000 pés. Não havia um conforto para os passageiros, haviam muitas turbulências... Em 1920, os serviços de transporte aéreo de postagem eram rentáveis, utilizando os aviões remanescentes da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).