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domingo, 17 de abril de 2011

Metade dos anos 60: Comissárias de bordo: de celebridades ao símbolo de sexualidade...

Na postagem de hoje, continuaremos a abordagem da história das comissárias no mundo inteiro, incluso no Brasil, na metade-fim da década de 60.


Seguindo a Pan Am, a BOAC (empresa inglesa) orgulhava-se em oferecer serviços com o novo Boeing B707.

A inauguração de novas companhias internacionais.

Em todo o mundo, novas companhias aéreas foram surgindo. Em 1961, a THAI iniciou suas operações com um Douglas DC-6B, que acomodavam 60 passageiros sentados, na rota Bangkok-Hong Kong. A companhia aérea foi concebida com a participação de 70% do governo tailandês e 30% de propriedade da Scandinavian (SAS). O principe Kraisingh Vudhijaya projetou os uniformes tradicionais do país confeccionados em seda, bem como o logotipo da empresa. Em 1966, a THAI tornou-se a primeira empresa aérea asiática a ter todas as suas aeronaves formadas por jatos.


1961: A Thai inicia suas operações com o DC-6B.


"Caravelle" da empresa Thai.


Comissária da Thai em roupas típicas tailandesas.


A nova Thai inova em aeronaves e em seus serviços.


As comissárias da Thai mostram seus novos uniformes desenhados pelo príncipe Kraisingh Vudhijaya. Todas as fotos da empresa Thai, cortesia da empresa.


Os uniformes das comissárias de bordo, das cores quentes e fortes, como as calças e as microsaias vão além da elegância...

Nos Estados Unidos, as companhias aéreas regionais foram obrigadas a buscar variadas maneiras de se diferenciar, em uma concorrência acirrada. Além de “shorts” e das saias curtas, algumas estratégias de marketing e novos conceitos nos voos foram se multiplicando nessas empresas locais – aproximadamente 20 territórios nos Estados Unidos, criaram novas e variadas identidades para um público cada vez mais enjoado em receber sempre as mesmas prestações de serviços.

Jean Louis, o famoso designer de Hollywood, desenhou para a United os uniformes "Skimmer", criando um estilo seguido pela maioria das empresas aéreas norte-americanas.


Nesta década, a American Airlines continua adotando um visual clássico para as suas tripulantes.


Porém a American Airlines também exibe uniformes folclóricos americanos, como visto acima, dos Pioneiros Americanos, no início dos anos 60, desenhado por Daniel Boone.


Com uniformes modernos, a extinta empresa americana Braniff, exibe os uniformes de verão e de inverno.


Nesta outra foto acima, a Braniff divulga outro desenho de uniformes das comissárias de voo. Atrás vemos a cauda de um Boeing 727.


A revista americana "Parade", em um artigo sobre a Pacific Southwest Airlines, mostrava como felizes comissárias poderiam incrementar a venda de bilhetes aéreos. Os chapéus em forma de coração e mini-saias anunciavam a aparência desta tripulação baseada na Califórnia. Revista  de 1968, de cortesia da senhora Marva Shearer.


Na edição da revista Esquire acima, sua reportagem mostra um guia para escolher a comissária ideal para a viagem à Europa.


Na costa leste americana, a Mohawk Airlines fora criada em 1945, conhecida como uma pequena, porém bem sucedida transportadora nova-iorquina. Em 1960, a Mohawk apresentou uma proposta “vintage” comemorando a década de vinte em seus serviços e nas suas aeronaves. Os DC-3 foram enfeitados com lampiões a gás, cortinas de tecidos e assentos típicos da época; as comissárias se vestiam com uniformes de cetim da época, serviam lanches aos passageiros, além de oferecer "um bom cigarro”.

A propaganda da Mohawk anunciava a propaganda de suas comissárias.


Outra amostra dos uniformes de inverno da empresa Mohawk.



A PSA, era uma empresa californiana; A nova empresa pintou em seus aviões, um longo sorriso abaixo do nariz; modelos foram contratadas, celebrando a beleza. As comissárias da PSA usavam calças provocantes na cor laranja em seus voos. A empresa focava constantemente em publicidade e propaganda demonstrando as novas atrações e suas equipes, descrevendo um olhar que a empresa representava na época como: "Pure, Sober and Available", que traduzindo, poderíamos aproximadamente chegar ao “Genuíno, Firme e Disponível”.

Outra mostra arrojada de uniforme para as comissárias de voo da empresa americana PSA.


Turma de comissárias formadas da PSA, na Califórnia.


Salão de atendimento da PSA: Presidents lounge.


A PSA (Pacific Southwest Airlines) iniciou suas atividades em 1949 e foi absorvida pela US-AIR no período de 1987-1988. O seu hub era situava-se nas cidades de San Francisco, San Diego, e em Los Angeles, na California. Seus escritórios localizavam-se na cidade de San Diego. Voava para 31 destinos e tinha cerca de 75 aeronaves. Seu slogan era "catch our smile", pegue nosso sorriso...



Voos românticos: a poesia épica em alta

No noroeste americano, os voos da Alaska Airlines promoveram a volta ao passado, mostrando como foi sucedida a corrida do ouro no país, por volta de 1890, com suas comissárias vestindo os trajes da época, como saias feitas de veludo até o chão; As cabines dos aviões também foram decorados com temas do século dezenove, temas alegres e atrativos. Os clientes eram recebidos a bordo, do "Jet Golden Nugget", com anúncios, poemas e rimas à bordo, escritos na década de 1890, pelos poetas e escritores épicos.

O anúncio da Alaska Airlines, mostrava os serviços da empresa aérea, fundada em 1932, com sua principal base em Seattle-Tacoma. 


Uniformes de inverno utilizados pelas comissárias da Alaska Airlines. Atualmente, a empresa voa para 59 destinos nos Estados Unidos, entre eles, o Estado do Alaska e do Havaí e possui uma frota de 114 aeronaves.


"Convair 990" da Alaska Airlines, conhecido como "Golden Nugget Jet".


Propaganda dos anos 60 ofertando os serviços da Alaska Airlines.


Belos uniformes clássicos utilizados pelas comissárias de bordo da Alaska Airlines.



Voos gourmet: a excelencia da gastronomia de luxo nas alturas...

As refeições à bordo também eram usadas para atrair seus clientes a bordo. Em 1968, a Pan American anunciava através de sua publicidade que, um famoso restaurante de Pariense iria preparar o serviço de bordo de seus vôos. "Toda vez que você estiver em um vôo Clipper da Pan Am, você estará jantando como se estivesse no Maxim's de Paris ... o mesmo Maxim´s dos seus sonhos, com o cardápio internacional mais elegante dos ares.” Porém esses menus nunca sairam do papel.


Apesar de a Pan Am não adotar os serviços de bordo do restaurante Maxim´s de Paris, a oferta de seu catering era de excelente qualidade e quantidade, do início ao fim da empresa, no final dos anos 80. 





As três fotos acima, mostram os anuncios publicados pela canadense TCA (Trans-Canadá Air Lines), iniciando seus serviços em 1937 à 1965, quando passa-se a chamar-se Air Canadá, transmitindo aos seus clientes bons serviços de bordo, bons serviços de atendimento, além de possuir em seus equipamentos, amplos espaços, possuindo também um espaço para maquiagem oferecido às clientes, à bordo de suas aeronaves.



Sem comparação: A Delta Air Lines lança novos uniformes com um slogan em seus anúncios: "working girl working". Fonte: Delta Air Lines.

A Japan Airlines, incluso na década de 60, já promovia em seus voos, trajes típicos para atender aos seus clientes, principalmente nas rotas dos Estados Unidos para o Japão.


Os comissários da JAL - Japan Airlines possuiaram uniformes funcionais do estilo do "oeste" para servir aos seus clientes.


Na Europa, na década de 60, a empresa alemã Lufthansa demonstrava no anúncio acima o treinamento dos comissários, através dos conhecimentos de mestres especializados: garantia de serviço às alturas.


Para não deixar de citar, a empresa francesa Air France também já prezava naquele tempo a excelência nos seus serviços de bordo e nos atendimentos, provando que a tradição da gastronomia francesa não tinha precedentes.


A extinta empresa américana Trans World Airways (TWA) em um anúncio colorido para a época mostrava que "as melhores coisas em uma viagem aérea não se pagavam, utilizando os bilhetes da TWA"!


Com uma propaganda nostálgica dos fins da década de 50 e início da de 60, a Icelandic da Islândia, oferecia excelentes serviços à preços baixos, com seus Douglas DC-6B, voando de Nova Iorque (EUA) para diversos pontos na Europa.


Voltando aos Estados Unidos, a National, considerada a "empresa das estrelas" prometia um serviço cinco estrelas aos seus clientes, neste anúncio colorido do ano de 1960.



Viajarei com a minha esposa ...

A United Airlines desenvolveu uma campanha chamada "Leve-me junto", em

1967 destinada a mulheres que eram casadas com os homens de negócios para que estes as levassem nas viagens. A campanha tinha um tema musical, partituras, e anúncios impressos, oferecendo tarifas reduzidas para estas esposas: "viaje com seu marido na proxima viagem de negócios, com um tempo de lazer para vocês.”


A criação da Lei dos Direitos Civis, nos EUA.



Em 1964, foi criado nos Estados Unidos, a Lei dos Direitos Civis, criando novas regras nos ambientes de trabalho.

Os funcionários não poderiam ser discriminados por causa da idade, sexo ou raça. Era justo nesta época que, as tais “aeromoças”, deveriam ser chamadas de comissárias de bordo ou de voo; elas estavam distantes de ser as profissionais respeitadas, que eram consideradas nos tempos áureos.

O tema do casar ou de não casar e de engravidar ou não, regras estas que variou durante várias décadas, agora estavam sob discussões com a nova Lei dos Direitos Civis, convenções que foram discutidas durante vários anos, nos juizados. As aparências e os problemas do excesso de peso foram os casos mais problemáticos para discutir e responder; alguns tribunais concordaram que determinados postos de trabalho deveriam possuir certas aparencias para exercê-los.


“Regimento duro” para as comissárias australianas.
Na Austrália, a empresa Ansett-ANA, em seu manual de comissárias de voo do ano de 1965, informava que a empresa não permitiria comissárias de bordo casadas e as que estavam prestes a casar, e advertia que o padrão de aparência das comissárias era de extrema importância para a Ansett-ANA. Comissárias que não mantivessem o padrão, deriam estar preparadas para aceitar as correções, mudanças e que deveria colocá-los em prática, como por exemplo: as comissárias não podeiam correr em uniforme na visão dos clientes, não mascar gomas ou comer doces, não fumar com o uso do uniforme com algumas exceções, entre elas depois do almoço ou jantar em restaurantes adequados, porém nunca na cabine ou na galley das aeronaves.


"Café, chá ou eu"? O livro que populariza a noção de uma comissária mal-criada, grossa, perversa!

Na literatura popular da década de 60, as comissárias eram tratadas como objetos sexuais. Em décadas anteriores, como vimos em postagens mais antigas, as comissárias eram caracterizadas como heroínas corajosas que salvavam os passageiros da morte certa nos acidentes aéreos. As comissárias foram célebres pelo seu profissionalismo e seu poder de conhecimento.

Tudo isso mudou com um livro chamado "Coffee, tea or me?” publicado em 1967: Este descrevia a vida selvagem e as conquistas sexuais das comissárias de bordo e constituia um “divisor de opiniões” na visão do público.



Na década de 1950, a comissária ideal deveria ser competente, uma atraente mulher em formação; ao redor dos anos 60, as comissárias eram vistas como promíscuas, jovens ninfetas sexuais dos céus: esta nova imagem teve implicações diretas para as mulheres. As comissárias de bordo recebiam tapinhas de alguns passageiros que se sentiam encorajados a “alimentar” suas fantasias sexuais. Uma companhia aérea executiva teria dito: "As meninas poderão receber tapinhas, mas elas também podem mover-se rapidamente para devolver com um simples beliscão ao atrevido”!

Enquanto havia uma imagem da comissária como um símbolo sexual para alguns consumidores, vendendo cada vez mais lugares, as companhias aéreas e as agências de publicidade bombardeavam os consumidores com propagandas e anúncios, de um certo modo, também “sexys”.

Para o conforto do passageiro, esta comissária da American Airlines pega um travesseiro do compartimento de bagagens. Foto: Museu American Airlines.


A United Airlines já mostrava que as galleys do DC10 eram espaçosas, modernas e bem equipadas para servir centenas de clientes. A aeronave causaria uma "revolução" na aviação nos anos 70. Foto: Arquivos da United Airlines.


Na Austrália, esta comissária da Ansett demonstrava que os novos uniformes da empresa eram confortáveis ao movimento. Foto: Ansett Austrália.


Esta comissária da TWA mostra o novo "design" dos uniformes da empresa em frente ao Terminal 5, do Aeroporto John Kennedy de Nova Iorque (EUA). 


As comissárias da Southwest mostram acima o novo modelo dos seus uniformes, um "design" completamente "sexy" para a época.


  
Acima, comissárias da Ansett Austrália simulam o atendimento à bordo, que por normas da empresa, deveriam ser impecáveis e não seriam toleráveis certas atitudes sem etiquetas da tripulação frente aos seus clientes.


Comissárias da Ansett Austrália "maravilhadas" com a alta tecnologia disponível na base central da empresa.


Acima, vemos uma comissária dos serviços da Ansett chamados de "Flying Boat Services". Esse serviço eram operados com aviões que pousavam no mar. Esse serviço deixou de operar em 1974 e seus aviões foram vendidos para a Antilles air Boats na Ilhas Virgens Americanas.


Também na Austrália, a Qantas anunciava seus voos para os Estados Unidos, Singapura, Hong Kong e México, através de modelos vestidas de maiô como "misses", representando cada destino servido pela empresa australiana.


Comissárias da Continental Airlines realizando "check" de uma nova membro de tripulantes da empresa.

  
Anúncio clássico da Pan American demonstrando um leque de destinos prestados.


Através deste anúncio, a Lufthansa mostra seu novo 707, que prestava serviço para várias localidades do mundo, com comissárias aptas à falar qualquer lingua e possuiam culturas váriadas.


Mais um anúncio clássico da Lufthansa que mostrava aos leitores os serviços que a empresa oferecia, com foco no serviço de cargas.


Uma raridade... A PSA mostrava sua nova aquisição: o Lockhead 1011 - Tristar, que poderia levar até 300 passageiros, que poderiam ser atendidas por 8 comissárias carinhosas. Naquela época, a "empresa-sorriso" também revolucionou com seus serviços e suas novas aeronaves ligando várias localidades dos Estados Unidos.


Acima, uma reportagem curiosa: Interior de um DC-9 convertido para avião-executivo.


Acima, diploma de aquisição por parte da Pan Am dos primeiros Boeing 747-100 "Jumbo", o gigante dos ares.


Interior do Boeing 747-100 da Pan Am.


Folheto de emergência utilizado nos Boeing 747-100 da Pan Am.


Salão do Boeing 747 da empresa americana Continental Airlines: cabine colorida com bar à disposição de seus clientes.


Enquanto isso no Brasil, na década de 60...

A Panair do Brasil S.A. foi uma das companhias aéreas pioneiras do Brasil. Nasceu como subsidiária de uma empresa norte-americana, a NYRBA (New York-Rio-Buenos Aires), em 1929. Incorporada pela Pan Am em 1930, teve seu nome modificado de Nyrba do Brasil para Panair do Brasil, em referência à empresa controladora (Pan American Airways).

  

Por décadas dominou o setor de aviação no Brasil. Encerrou suas atividades abruptamente em 1965, devido à sua "permanente falta de condições operacionais".

O fechamento total da empresa só se deu concretamente em 1968, pela ditadura militar, durante o governo Castello Branco devido a ligações de elementos da ditadura militar com seus amigos da concorrente VARIG, favorecida e beneficiada com o fim da Panair.


A alegação das autoridades governamentais era que a companhia era "devedora da União e de diversos fornecedores". Muitos de seus ex-funcionários e mesmo autoridades consideram tal ato uma arbitrariedade, comum em regimes de exceção aos quais o País estava submetido na época. Justificam-se estes com base em documentos daquele ano, que indicariam que, dentre todas as empresas áereas brasileiras, a Panair era a que possuía o menor montante devido ao Governo Federal.


Autores avaliam que a destruição da companhia tinha a ver com a perseguição que o regime militar movia contra seus proprietários, os empresários Celso da Rocha Miranda e Mário Wallace Simonsen — este, dono também da TV Excelsior, que foi igualmente fechada por ordem da ditadura militar brasileira.
 

Especulam ainda que tal ato tenha sido executado como forma de favorecer a Varig, que, com o fechamento da Panair, incorporou não apenas suas rotas internacionais para a Europa e Oriente Médio, mas também suas aeronaves e outros ativos, como oficinas de revisão e a rede de agências no exterior, tornando-se a maior empresa aérea do país.

Vale também lembrar que notoriamente a função econômica da Panair para seus controladores era presentear parlamentares e autoridades com passagens para o exterior e que havia acusações de que ela monopolizara o transporte do material de construção para a construção de Brasília.


Posteriormente, os à época proprietários da Panair ingressaram na justiça para contestar o ato do governo, mas quem colheu os "louros" desta iniciativa foram os herdeiros da então "massa falida" da Panair. Estes, em 14 de dezembro de 1984, lograram êxito na ação movida contra a União Federal com a declaração pelo Supremo Tribunal Federal - STJ de que a falência fora declarada de forma fraudulenta, devendo a União Federal ressarcir a Panair.


Ao contrário da VARIG e da VASP, que atualmente dispõem de patrimônio líquido negativo, a Panair do Brasil tinha um acervo gigantesco que superava muito o seu passivo, e isso ficou mais do que comprovado nos autos do processo de falência. Ela era dona da Celma, uma avançada oficina de retificação de motores que é até hoje a maior da América Latina, e que atendia não apenas a Panair, mas também outras empresas e a própria Força Aérea Brasileira.



Possuia hangares equipados com tecnologia de ponta, de nível comparável a países de primeiro mundo, e uma rede de agências consulares instaladas nas mais importantes capitais européias. Também era responsável por toda a infra-estrutura das telecomunicações aeronáuticas do país e por boa parte dos aeroportos do Norte e do Nordeste, que foram construídos com recursos próprios.



A "Família Panair": os ex-funcionários da Panair do Brasil têm geralmente muito orgulho de haver trabalhado para esta empresa. Desde 1966, cerca de 400 pessoas se reúnem num almoço anual, realizado no dia 22 de outubro, para lembrar dos velhos tempos e recontar as inúmeras histórias pessoais, celebrar e rememorar as agruras e as glórias da aeronáutica, mas sobretudo, aquelas adornadas pelo verde e dourado da Panair.


 

Curiosidades:
Em Florianópolis, no Estado de Santa Catarina, nas proximidades de onde atualmente está localizado o Aeroporto Internacional Hercílio Luz, existe a favela da "Panaia".
O nome da comunidade foi dado em referência à empresa, que era proprietária do terreno que foi invadido após o encerramento das operações comerciais, e posteriormente utilizado para a construção dos primeiros casebres.

Havia também uma anedota que dizia que Panair significava "Pelo Atraso Não Adianta Ir Reclamar".

Suas aeronaves:
Como subsidiária da Pan American Airways, a Panair utilizou diversos tipos de aeronaves. Começou operando oito modernos hidroaviões: quatro Consolidated Commodore e quatro Sikorsky S-38. Finda a Segunda Guerra, a frota da Panair chegava a 23 Douglas DC-3, 12 Lockheed L-049/149 Constellation e 8 PBY-5 Catalina. Nos anos 60, foi também a introdutora da aviação a reação no Brasil operando o Sud-Aviation SE-210 Caravelle em operação e terminou seus dias nas asas dos Douglas DC-8, que eram quadrirreatores bem avançados da época.



Rotas internacionais oferecidas:

América do Sul: Argentina, Chile, Paraguai, Peru, Uruguai.
Europa: Alemanha, Espanha, França, Itália, Portugal, Suíça, Reino Unido.
África: Cabo Verde, Egito, Libéria, Senegal.
Oriente Médio: Libano, Turquia.





Aviões da extinta Panair do Brasil agonizando em algum aeroporto brasileiro no cesse das operações nos anos 60.

Junto com os aviões, comissárias da Panair também suplicam para que a empresa voltasse a operar.


Com a extinção da Panair do Brasil, a Varig assume todas as linhas e os aviões em caráter imediato.



Comissária VARIG mostrando a elegância da "pioneira".


Comissário da "pioneira" distribuí o serviço de bordo na Primeira Classe de algum destino internacional da empresa.


Comissária em treinamento da VARIG em demonstração das habilidades apreendidas para aplicação nos voos da empresa.



Comissários da VARIG na aula de bar e enologia no centro de treinamento da empresa no Rio de Janeiro.


Tripulação da VARIG juntamente com o colonista social da época e jornalista, Amaral Neto, o reporter, a bordo de uma de suas aeronaves nos anos 60!


Comissária da VARIG contempla junto com seus clientes, a vista panorâmica em suas rotas.


Comissárias da VARIG exibindo seu clássico uniforme em algum aeroporto servido pela empresa.


Comissárias da VARIG na pista do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.



Comissária da VARIG exibe o uniforme de inverno da empresa na década de 60.


Tripulante da VARIG embarca à bordo de seus aviões, em missão à oferecer a seus clientes, a excelência em serviço, em voga durante muito tempo, pela empresa gaúcha.


Comissária demonstra o conforto do salão traseiro do Electra II da VARIG.


Tripulação da VARIG em demonstração à qualidade do serviço de bordo de alto-nível oferecida pela empresa brasileira.



Nos voos Los Angeles - Tóquio, a VARIG oferecia aos seus clientes, comissárias típicas japonesas, com seus trajes típicos, à bordo dos Boeings B707.



Comissária VARIG confere o cartão de embarque de seu cliente na ponte aérea Santos Dumont/RJ-Congonhas/SP.


E na Europa...



A elegância da comissária dinamarquesa da SAS (Scandinavian Air System) recepcionando clientes à bordo de algum voo da empresa.



A extinta empresa suiça Swissair não ficava para trás no quesito elegância: possuia comissárias simpáticas atraindo uma empresa em crescimento no mundo da aviação. 


Os Transportes Aéreos Portugueses (TAP), hoje Air Portugal, exibe na foto acima, suas típicas comissárias lusitanas, para publicação em anúncios de revistas nacionais e internacionais. 


Os uniformes das comissárias da empresa finlandesa FINNAIR, possuiam linhas claras e frescas, sugerindo um "design" típico finlandês. As roupas também eram quentes para as baixas temperaturas do Círculo Polar Ártico.



Através da propaganda acima, a BOAC da Inglaterra, antecessora da British Airways, mostrava aos seus clientes, nos anos 60, um uniforme especial confeccionado com papel, entre a composição destes, utilizados em seus voos para Bermuda.



Uma vez mais, a portuguesa TAP, mostra através de uma de suas comissárias, o tamanho da modernidade de sua engenharia mecânica.



Acima, comissária da Air France desfilando o uniforme de verão da década de 60.



Comissária da BOAC destinada para realizar os voos para o continente asiático.


Curiosidades da época...

Comissária desenhada da empresa americana West Coast Airlines demonstrando suas novas rotas.


Propaganda da Japan Air Lines demonstrando uma comissária em traje típico japones, atendendo a um cliente da empresa.


Não deixando de mencionar, a também extinta empresa americana Eastern, demonstrando o atendimento aos seus clientes.


Acima, uma propaganda curiosa dos anos 60: a venda de rampas de emergência, de uma empresa especializada americana, para as aeronaves.


Com o lançamento do enorme Boeing 747, as campanhas ficaram cada vez mais drásticas havendo mudanças iminentes na percepção pública... Entramos na próspera década de 70!

4 comentários:

  1. Bom, eu não tenho palavras....mas aí vai:
    PARABÉNS!!!!
    Excelente conteúdo, um show de moda e elegância!
    Quem é você?
    Fui Varig de 1995 a 2000 e depois mais um ano e meio na loja de Santos, um forte e carinhoso abraço!
    Douglas Dutra
    Email: douglasvdutra@gmail.com

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    1. Coincidentemente, abri esse Blog e hoje faz 10 anos exatos que fiz esse comentário.

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  2. Adorei o conteúdo...
    Muito bom mesmo!!!

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