Olá a todos! Demorei para publicar esta postagem devido ao meu trabalho, ao estágio na minha faculdade de pegagogia: aliás quero muito agradecer à direção, aos funcionários e principalmente às professoras Graziella e Cristina pela recepção à mim e ao auxílio dado na Escola Estadual Crispiniano Soares, na cidade de Guarulhos, em São Paulo e especialmente à coordenadora Sônia por ter obtido esse estágio para mim, pois depois de duas faculdades realizadas, uma pós graduação e um MBA em andamento (Comunicação e Marketing), os estágios ainda continuam sendo uma árdua tarefa para o estudante que depende disto para obter o seu certificado através das instituíções educacionais, tanto públicas quanto privadas, com exceção (repito) da E.E.Crispiniano Soares, na cidade de Guarulhos, que através da direção (Sra. Andrea), coordenação pedagógica (Sra. Helena) e toda a sua equipe mostram toda transparencia na instituição. Parabéns à escola novamente!
Agradeço também a entrevista sobre qualidade em serviços aéreos realizada no Aeroporto de Congonhas, na semana passada aos alunos da Faculdade de Comunicação Social "Casper Líbero", em que foquei a qualidade prestadas pelos funcionários das empresas aéreas do Brasil e as do exterior e comentei algo sobre o nosso blog. Parabéns e felicidades às estudantes do curso de Comunicação.
Aproveito também para agradecer todos os leitores que colaboram comigo, em especial o Jean da Air France que, em seu último comentário, nos contou sobre os serviços da Primeira Classe e da Executiva Brasil-Paris da empresa aérea... E estou recebendo muitos e-mails para que poste algo sobre a história da Ponte Aérea e da Pan American. Só quero lembrar que este é um blog sobre cultura gastronômica e da excelência em serviço, mas refletindo, porque não publicar sendo que a Ponte e a Pan Am são exemplos de eficiência em serviços? Conforme pedidos e pesquisador da história da aviação comercial, irei postar futuramente reportagens publicadas pela Revista Flap e outros, mas logo depois de terminarmos de contar a história das comissárias de bordo e tudo sobre as refeições especiais!
Vamos ao que interessa: Esta é a primeira vez que falamos sobre vinhos em nosso blog... Mas de uma forma diferente... Vamos conhecer o trabalho de especialistas de vinho, que chamamos comumente de "Sommelier" na hotelaria, e atualmente esse profissional é conhecido como "Enólogo", o estudante, o especialista de vinhos. Conheceremos os especialistas desta área que trabalharam e trabalham na empresa aérea americana American Airlines.
Se por um acaso você voou na American Airlines para a Itália na primeira classe ou de classe executiva em meses anteriores, você possivelmente tomou uma taça do champagne Pommery Brut Non-vintage, seguido por um Sileni Sauvignon Blanc da Nova Zelândia ou por um Sonoma County Murphy-Goode Chardonnay, procedente da Califórnia e um Val di Suga Brunello di Montalcino, procedente da Toscana italiana ou mesmo um Du Clos Val Napa Valley Cabernet Sauvignon, procedente também da Califórnia, Estados Unidos. Nos voos para o Japão ou para a Argentina, as ofertas são também interessantes e com uma variada seleção dos melhores vinhedos do mundo, foram disponibilizados para o seu deleite.
Vinhos oferecidos pela American Airlines: variedade premiada! |
A American Airlines mantém 15 tipos de vinhos para a primeira classe e um total de cerca de 60 tipos para a classe executiva. Cada lista inclui pelo menos um champanhe, dois brancos, dois tintos e um vinho de sobremesa ou vinho do Porto. As listas que variam mensalmente faz a empresa aérea oferecer aos seus clientes o equivalente a meio milhão de caixas de vinho por ano, gastando mais de US$ 10 milhões (dólares).
Este ambicioso programa tinha como responsável uma mulher: Diane Teitelbaum, consultora de vinhos da American Airlines e, desde 2009, o especialista de enologia Ken Chase.
Teitelbaum assumiu desde a aposentadoria de Richard Vine, que prestou serviços à empresa aérea por mais de duas décadas de serviços. Manteve as mesmas metas estabelecidas por Vine: oferecer vinhos de alta qualidade, orientados para as preferências étnicas, sazonais e culturais dos viajantes em cada rota, enquanto variava-se a programação o suficiente para permitir que os clientes que viajassem com freqüência pudessem ter a oportunidade de saborear vinhos diferentes. Ao mesmo tempo, ela estudou e moveu-se em novas direções, expandindo a seleção de vinhos e aumentando a formação do pessoal, além de fazer escolhas de vinhos e produtos alimentares refinados. Teitelbaum afirmou em uma entrevista que, a alimentação mudou drasticamente nos últimos 20 anos, além de se tornar tão fresca, e com uma ousadia de sabores regionais, substituindo a clássica gastronomia francesa e com essa mudança, os vinhos também necessitavam de uma mudança.
A competente enóloga que trabalhou para a American, a senhora Diane Teitelbaum. |
Apesar de a American Airlines ser o seu primeiro emprego nesta área do catering de aviação na parte de bebidas, Teitelbaum tem uma experiência de mais de 25 anos no mundo da enologia. Fez consultorias para diversos e dos mais variados restaurantes, hotéis e colecionadores particulares de vinhos. Trabalhou para empresas vinícolas, participou em escolhas manipuladas e avaliou vinhos para escritórios de advocacia. Ensinou o mundo do vinho para consumidores e para o comércio, além de editar várias publicações. O primeiro emprego de Teitelbaum relacionado com os vinhos foi como gerente do bar “The Grape”, um pioneiro bar da cidade de Dallas, no Texas, porém não teria a prática inicial sem ter conhecido as mais variadas vinícolas da Califórnia, como a Carneros Creek e Schramsberg, em 1977. Com o entusiasmo dos proprietários, Diane percebeu nessas visitas que queria dedicar a sua vida ao mundo do vinho.
Esse mesmo entusiasmo fez com que ela tivesse critérios de seleção dos vinhos para a American Airlines. Tinha em mente que o gosto do vinho pode variar em uma cabine de avião pressurizada, como os alimentos, conforme várias postagens que vimos aqui mesmo no nosso blog, Teitelbaum testou ao máximo para que essa variação de altura e pressurização pudesse causar um sabor distinto. Então, decidiu que os vinhos de uma determinada categoria seriam os mais apropriados para os cardápios da companhia aérea, e verificava também se os vinhos estavam disponíveis em uma quantidade suficiente. Portanto além de verificar o sabor do vinho, fazia a combinação com determinados alimentos, além de verificar a logística das quantidades a oferecer. Não é um trabalho fácil e para qualquer um. Teitelbaum estudou e planejou milhares de casos para garantir que o abastecimento dure vários meses. Mas realmente um bom vinho, os considerados raros, desde a época da enóloga, é adquirido em menores quantidades, para uso em vôos selecionados em uma única primeira classe.
Teitelbaum foi uma excelente orientadora de vinhos para a American, no período que exerceu o cargo na empresa.
Enquanto o departamento de compras da American Airlines negociava os preços e contratos especiais após Teitelbaum ter escolhido os vinhos, ela dizia que raramente desistiria de um vinho que ela desejasse, devido a ser muito caro. Os vinhos servidos na primeira classe e na classe executiva dos voos intercontinentais no exterior custariam a partir de US$30 a US$120 (dólares) em uma loja, enquanto que em viagens longas de ônibus em que se servem vinhos, um vinho regular pode custar entre US$ 15 a US$18 (uma garrafa), embora a American Airlines utilize a garrafa de 187ml. A maior parte dos vinhos que são servidos em ônibus de viagens da Califórnia e ocasionalmente na América do Sul, muitas vezes são personalizadamente engarrafadas, na maioria dos casos servidos ao mesmo tempo, de uma só vez, ou seja, a garrafa é coletivamente servida.
Cardápio de vinhos oferecido aos clientes da American em sua First e Executive class. |
Teitelbaum realizou testes em milhares de vinhos durante o período de um ano no seu trabalho de consultoria junto com a American Airlines, trabalhando dois dias na semana (se é que poderia ser chamado de trabalho!). Na primeira classe e na classe executiva, incrementou a variedade, acrescentou mais vinhos espanhóis e italianos, tão populares atualmente e, possibilitou a inclusão de mais ofertas de vinhos sul-africanos. A promoção dos vinhos nova-iorquinos fez um grande sucesso em voos intercontinentais e, outras variedades americanas como o Oregon Pinot Noir, tornando-se mais aceitos internacionalmente, oferecendo-lhes também nas rotas para o exterior. Teitelbaum sempre manteve-se atualizada com as tendências, muito importante, pois os clientes da American têm-se tornado muito sofisticados.
Desde cardápios simples quanto os mais elaborados, a American combina todas suas refeições com o melhor tipo, safra e marca de vinho. |
Teitelbaum usou uma estratégia para as combinações de vinhos com os alimentos, onde foi capaz de provar todos os pratos juntamente com a equipe de alimentos e bebidas: os bons resultados dependem de acidez e textura com o sabor; analisaram cada proteína e seus acompanhamentos com vários vinhos de seu inventário para escolher o perfeito, pois para ela, o centro do prato nem sempre é o fator mais importante. "Salmão escalfado com beurre Blanc e endro, além de batatas fritas, o mais adequado é consumir um vinho branco fresco como um chardonnay ou sauvignon blanc, por exemplo, mas o salmão grelhado “au poivre” com molho de Borgonha deve ser acompanhado com um vinho tinto", indicava. Anteriormente à Teitelbaum, a política era para que houvesse uma combinação com as categogias dos cardápios, por exemplo, carnes vermelhas, comida vegetariana, com estilos de vinhos em geral.
A combinação dos pratos conjuntamente com os vinhos é de fundamental importância para a American. |
Teitelbaum trabalhava normalmente de 3 a 6 meses à frente nas listas de vinho em conjunto com os menus, e atualizava-os mensalmente para refinar os pares (em resposta ao feedback dos clientes, por exemplo) e substitua os vinhos que acabavam. Esta é uma razão pela qual as listas de vinho não incluem safras, embora dizia que prestava atenção a eles quando fossem comprar os vinhos. Outra razão é que os fornecedores das companhias aéreas poderiam carregar o serviço utilizando-se uma safra anterior, após ter adquirida a próxima safra, e ela não queria que fosse publicados para que o cliente não ficasse desapontado com as discrepâncias entre a lista impressa e que era servido.
Teitelbaum afirmou dizendo que trabalhar com a American foi uma recompensa, onde teve a oportunidade de trabalhar com tantas culturas complexas. A admiração foi mútua, onde a diretor-gerente da American de produtos à bordo afirmando que ela manteve os padrões de diligência na seleção dos tradicionais vinhos finos, e adicionou novas descobertas para garantir um programa inovador e estimulante para os clientes.
Salada de folhas verdes e pizza deve fazer presente uma adequada combinação de vinhos para a American. |
Após o excelente trabalho de Teitelbaum desde 2009, implementando ainda mais seu staff de especialistas, a American contra com os trabalhos e consultoria do especialista de vinhos Ken Chase.
Ken Chase, nascido e criado em Montreal, no Canadá, é um produtor de vinhos e viticultor de formação clássica e de reputação internacional. Chase iniciou os estudos de enologia na cidade de Bordeaux, França; Alemanha e na Itália, durante os oito anos que viveu na Europa. Este interesse por vinhos impulsionou Chase a se especializar mais nas regiões vinícolas clássicas da Europa. E como estudante de aviação, Chase procurou combinar a sua paixão por voar com seu interesse pela produção de vinhos.
O experiente enólogo Ken Chase, da American Airlines. |
No atual papel de Chase como consultor de vinhos para a American Airlines, ele pôde combinar muito bem seus interesses. Ele seleciona excelentes vinhos para diversas rotas e presta atenção especial à união do vinho e do cardápio, assim como às diferenças étnicas, culturais, de temporada e de estilo de cada destino, conforme também realizava Teitelbaum.
Por outro lado, Chase é um membro atuante na comunidade vinícola. É presidente da organização “President Young”, no estado do Texas, nos Estados Unidos; é presidente da “Toast to Humanity” (brinde à Humanidade), uma instituição que integra uma causa nobre à sua marca, dedicando-se a arrecadar fundos para instituições de caridade em todo o mundo, assim como chefe da equipe de viticultura/enologia tanto do projeto do vinho Andino em Mendoza, Argentina como o projeto "Super Úmbria", em Perugia, na Itália. Como um membro recente da junta diretiva e diretor de pesquisax do “World Vintners”, o maior produtor mundial de kits para a preparação do vinho caseiro, Chase lidera a revolução em questões de qualidade em tal indústria, que tem conotação de crescimento nestes tempos econômicos difíceis. Ele também atuou como consultor/parceiro na Lanpak International, líder global em embalagens “Tetra-Pack” para vinhos.
Ken Chase, ao receber mais um prêmio concedido à American Airlines devido à excelente gama de vinhos oferecidos aos clientes, juntamente com a diretora de serviços de bordo da American, Alice Liu. |
Ao longo de sua carreira, Chase teve o prazer de trabalhar com empresas como a Royal Caribbean, American Express Wine Club e outras empresas aéreas. Selecionou os vinhos para o Papa durante a visita que este fez ao Canadá e participou de comentários na radio CBC e na emissora Chum 1050 AM, como o guru dos vinhos.
Seus estudos universitários formais os realizou na Universidade Loyola de Montreal, no Canadá e logo na Universidade de Friburgo, na Alemanha. Depois Chase obteve um título em enologia e viticultura na Universidade de Melbourne, na Austrália, continuando seus estudos na Universidade da Califórnia, em Davis (UC Davis). Atualmente encontra-se realizando trabalhos de investigação de pós-graduação, em enologia e viticultura, na Universidade de Melbourne, onde se está dedicando a obter seu Doutorado como investigador convidado.
Atualmente, Chase está escrevendo seu primeiro livro sobre vinhos e viaja ao redor do mundo esforçando-se para tirar os mistérios dos vinho e compartilhar sua paixão com outras pessoas.
A American dispõe de vinhos brancos, tintos, champagnes, licores, conhaques etc, premiados em todos os seus voos nacionais e intenacionais. |
O programa de vinhos premiados da American
A American Airlines é reconhecida através de vários prêmios recebidos pelos vinhos que foram cuidadosamente selecionados, para que seus clientes possam desfrutar a bordo de seus voos. A American foi premiada pela revista Global Traveler, pelo USA Today e pela revista Business Traveller pelos vinhos servidos em seus voos domésticos e internacionais.
A American Airlines vence várias competições de vinhos:
"Wines on the Wing" é uma competição anual organizada pela Global Traveler Magazine, onde aproximadamente 115 vinhos de 26 empresas aéreas são analizadas, onde a American Airlines foi premiada em diversos quesitos:
• Melhor vinho norte-americano servido;
• Melhor vinho espumante norte americano: Gloria Ferrer Sonoma Carneros Brut;
• Melhor vinho tinto norte-americano: Murphy Goode Cabernet Sauvignon;
• Melhor aliança de empresas aéreas que oferecem os melhores vinhos: a Oneworld®;
Em anos anteriores, a AA venceu variados prêmios no concurso "Wines on the Wing":
•Melhor vinho espumante na primeira classe na América do Norte: Gloria Ferrer Sonoma Brut Carneros;
•Melhor vinho branco servido na Business Class: J. Wegeler-Erben Riesling Doutor Bernkasteler Spätlese 2004;
•Melhor vinho tinto servido na classe executiva dos voos internacionais (segundo lugar): Chateau Batailley Pauillac 2003
Em novembro de 2009, nos Estados Unidos foram reunidos e avaliados cardápios de vinhos de 33 companhias aéreas com vôos saindo e chegando dos Estados Unidos, e a American Airlines recebeu numerosos prêmios pelo seu programa de vinho, incluindo:
•Primeiro lugar para a melhor carta de vinhos dos Estados Unidos em geral, em todas as classes;
•Primeiro lugar para a melhor carta de vinhos dos Estados Unidos servidos nos voos domésticos;
•Primeiro lugar para a melhor carta de vinhos dos Estados Unidos oferecidos nas primeiras classes voos domésticos;
•Primeiro lugar para a melhor carta de vinhos dos Estados Unidos oferecidos nos voos internacionais;
•Segundo lugar para a melhor carta de vinhos para a primeira classe servidos nos voos internacionais;
"Cellars in the Sky" é uma competição anual organizada pela revista Business Traveller.
Em 2009, 34 companhias aéreas que oferecem vinhos em seus voos participaram do concurso. A American Airlines recebeu os seguintes prêmios:
•Segundo lugar para a melhor adega de primeira classe;
•Segundo lugar em consistência dos vinhos nas classes First e Business Class;
Em anos anteriores, a American recebeu os seguintes prêmios:
•Terceiro lugar para o melhor vinho branco servido na classe executiva: Spy Vale Marlborough Sauvignon Blanc 2007;
•Melhor seleção global de vinhos para a classe executiva;
•Melhor seleção de vinhos doces para a classe executiva: La Plaza Vieja, Médio Lustau, Golden Emilio.
Exemplo de cardápio de vinhos servidos pela American Airlines para ida e volta Estados Unidos-Brasil:
Aresti Estate Collection Carmenere*
Champagne Pommery Brut Royal‡
Chateau Teyssier St Emilion Grand Cru*
Cyan Prestigio, 2004‡
Grahams Quinta Malvedos Vintage Port
Joseph Drouhin Rully Chardonnay*
Nicolas Feuillatte Brut Reserve Particuliere*
Rodney Strong Sonoma County Chardonnay‡
Santa Rita Medalla Real Cabernet Sauvignon, Chile‡
Seven Sisters "Vivian" Sauvignon Blanc, Sudáfrica‡
Wegeler Estate Riesling*
Legenda:
* Vinhos oferecidos exclusivamente na First Class (primeira classe);
‡ Vinhos oferecidos exclusivamente na Business Class (classe executiva).
Para conhecer as listas mensais e informações sobre os vinhos da American Airlines, acesse: aa.com/wine.