Começo esta postagem histórica, continuando com a história das comissárias de voo nos anos 70, agradecendo aos leitores que comentaram no "Facebook" sobre as postagens anteriores. Obrigado e um bom voo com destino à nostalgia!
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Hora da refeição ao "estilo anos 70": sempre servil e sorridente. Cortesia museu da American Airlines. |
A década de 1970: As garotas “Fly-me” e os Direitos Legais para as comissárias.
Salões amplos, filmes exibidos como nos cinemas e comissárias com “uniformes curtos” eram as novas ferramentas de marketing para a venda de bilhetes.
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Comissárias da American Airlines. Cortesia American Airlines Museum. |
Em 1970, o "jumbo", o primeiro e resplandescente Boeing 747, entrou em serviço. A maioria desses modelos foram equipados para que comportassem entre 300 a 400 passageiros com um espaço considerável, para comportar bagagens, cargas e correio em seus porões. Considerado um avião espetacular, tornou-se atrativo fundamental para obter mais passageiros a bordo. Eram disponibilizados filmes em voo, como nos cinemas, e possuiam salões de luxo com temas exóticos, tornarando-se mais predominantes do que teriam sido na década de 1950. Subindo as escadas, no “upper deck” da aeronave, os passageiros da primeira classe poderiam reservar mesas para o jantar, ou mesmo se reunir ao redor de um piano, ouvindo canções ou mesmo acomodar-se em um sofá confortável para socializar com os outros passageiros, tomando variados coquetéis.
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Serviço da American Airlines na primeira classe: elegantes salões de refeições.
Espaço não era problema nos Boeing 747. Nesta aeronave da American Airlines, um piano. |
Com um luxo maior nas grandes altitudes...
Em 1971, a Braniff introduziu o novo Boeing 747 no seu serviço de Dallas a Honolulu, disponibilizando 54 assentos de primeira classe, 268 assentos na classe econômica, sete galleys e quatro telões de cinema.
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Boeing 747SP "Jumbinho", no aeroporto do Rio de Janeiro - Galeão, na década de 70. |
"Vocês já não precisam estar presos em seus lugares", mostrava uma brochura sobre o Boeing 747, que a Braniff disponibilizava aos seus clientes. "Você está convidado a percorrer os dois corredores principais, parar em um dos dez setores do avião para conversar, ou sentar em uma das seis salas. Três destas salas estão reservadas apenas para os passageiros da classe econômica e elas estão todas elegantemente mobiladas com cadeiras e leitos confortáveis ". A Braniff também oferecia “wahini” de boas-vindas: um ponche de rum, além de escolha de pratos, que eram servidos em pratos de porcelana, e com as refeições, ofereciam de cortesia, vinhos, além de disponibilizar um entretenimento com dez canais de audio estéreo. Quatorze comissárias serviam este Boeing 747.
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Amplos compartimentos para os passageiros para a classe econômica também eram disponibilizados. |
A peça chave da atmosfera dos bons tempos foi a comissária de voo. Em 1971, o gestor de uma grande companhia aérea afirmou que, as comissárias deveriam ser mais de que “gueixas” aos seus clientes, principalmente aos clientes do sexo masculino: deveriam ser belas, se embelezar e entretê-los. Essas afirmações foram divulgadas principalmente na imprensa.
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Comissária de voo da British Airways preparando "hors d´oeuvres" no "upper deck" do Boeing 747. Arquivo BA. |
A campanha do “Fly-me”
As empresas aéreas domésticas nos Estados Unidos, possuiam uma campanha nomeada “Fly Me” ou, “voe comigo”, muito notável no início dos anos 70. Os anúncios destacados mostravam perfis de jovens rostos femininos informando seus nomes que faziam, de uma forma “sexy”, um convite para que voassem juntamente com elas. Os nomes dessas comissárias foram pintadas nos aviões, como se fosse "o nome tatuado nos braços de um marinheiro, da sua namorada".
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Os aviões da National Airlines eram batizados com os nomes das comissárias de voo, nos anos 70 aderindo a campanha "Fly me" . |
A expressão "Fly-me" logo tornou-se um léxico da cultura popular. Nos Estados Unidos e no exterior, o "Fly-me" tornou-se a frase de efeito para todas as insinuações sexuais, tornando-se também um grito de guerra para as feministas. Em 1975, a banda de rock britânica 10cc compôs uma música titulada "I'm Mandy, Fly Me", cujas as letras contam de uma aventura nos ares. O jargão “Fly-me” ou “voe comigo”, também lançou uma série de filmes de sexo com o mesmo nome, com temas que vão desde do impróprio ao misterioso. "A empresa aérea serve três tipos de pratos selvagens - façam sua escolha", dizia um slogan. "Veja as comissárias em batalhas, ao estilo Kung Fu Killers!" dizia um outro.
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Voe com a Cheryl... Outra campanha da National Airlines. |
As “comissárias do balanço” , ou “Swingin' Stewardesses” disputou com filmes como "Comissárias desobedientes” ou “Naughty Stewardesses” e “Quarto das comissárias” ou “Bedroom Stewardesses” que apresentavam comissárias de voo embriagadas, participando de orgias sexuais nos toaletes dos aviões. Havia também uma vasta coleção de literaturas, culturas populares, uso de jargões novos, como o "Mile-High Club"e o "Sky Sluts", que traduzindo temos “Clube das altas milhas” e as “Vagabundas do céu”.
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A PSA, a extinta empresa americana que foi a primeira empresa a introduzir a Classe Econômica em 1949, oferecia seus serviços em um ambiente amigável e era a empresa que tinha suas comissárias vestidas em "microminis" nos céus daquele país. |
“Pescando” o homem executivo internacional
Usando os funcionários como iscas, a campanha publicitária da empresa aérea americana já extinta, a National Airlines, foi altamente eficaz e as reservas para seus voos subiram na casa dos 20%. A SAS (Scandinavian) e a TWA começaram a anunciar suas funcionárias também por seus nomes e os destinos que elas costumeiramente voavam para atrair os passageiros do sexo masculino, enquanto a espanhola Iberia prometia que os homens seriam servidos por suas "bonitas mulheres loiras de Barcelona."
A americana World Airways destacava que possuiam "as comissárias mais bonitas do mundo" em um de seus anúncios. O texto dizia que, embora suas comissárias não haviam sido premiadas em nenhum um concurso de beleza, “vamos insistir em dizer que elas são as comissárias mais bonitas do mundo” provando que o serviço dos voos fretados poderiam ser tão atraentes quanto o preço.
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No começo da década, a SAS vestia suas comissárias com criações da casa Dior. |
Na Ásia, a Malasian Airline System (MAS) discutia a "atitude das Golden Girls", em um dos seus anúncios: "Elas realmente se importam com você. Porque as meninas da Malasian sempre se preocuparam. O desejo de agradar e servir deriva de uma hospitalidade natural, uma herança da Malásia." O anúncio mostrava uma jovem mulher sorridente, olhando timidamente para a câmara. Para promover seus novos vôos para a Austrália, a Cathay Pacific, de Hong Kong, mostrava um homem em um ambiente rústico, cercado por mulheres jovens, sorridentes e bem vestidas. "Venha conosco para Sydney, Melbourne e Perth sob cuidados de comissárias de voo de nove países".
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A Thai, nos anos 70, começa a utilizar o tal "Suave como a seda", ou Smooth as silk. Cortesia Thai |
Em um anúncio da mesma época, a Singapore Airlines, mostrava uma mulher bonita sorrindo, olhando timidamente para a câmera, cujo o título da propaganda dizia: "Até aqui, começa um novo dia... e faltam ainda mais duas mil milhas de voo... Com esta menina... E quanto mais você viajar junto com ela, o seu sorriso parece crescer cada vez mais... Esta é a menina da Singapore Airlines... Em quilômetros de altura, somente ela sabe como cuidar de você”; A Pan Am mostrava uma mulher descabelada, com uma roupa de empregada doméstica em uma sala escura, com o slogan "deixe alguém fazer o café para você!"; Uma outra propaganda mostrava um texto convidando os homens à telefonar e solicitar um livreto gratuito chamado "Bachelor Party that's full of hot bargain tours" ou “festas para homens solteiros repletos de passeios quentes e baratos”: a extinta empresa americana Eastern, oferecia aos seus clientes masculinos "pequenas agendas telefônicas de capas negras" para preencher com os números de telefones de mulheres para "usar em Miami".
A Eastern em 1970, mostrou uma propaganda com uma ilustração de pernas de mulheres em maiô, e algumas outras partes do corpo obscurecidas por guarda-sóis. "Voar para onde as aves vão", dizia o texto, onde “aves” seria uma gíria britânica para as mulheres.
Outras “iscas” interessantes
Muitas empresas aéreas na década de 70 elaboravam temas para atrair clientes a bordo de suas aeronaves: A Alaska Airlines, que criaram os voos “Gold Rush”, passaram para o “Samovar Golden Service” no início dos 70, disponíveis para seus novos voos para a Rússia, oferecidos tanto na primeira classe, como na classe econômica. As comissárias vestiam túnicas de lã na cor preto, casacos longos com chapéus onde, a muitos metros de altura, ofereceram comidas russas exóticas, caviar e frango à Kiev, além de bebidas especiais servido a partir de um samovar (utensílio culinário de origem russa, utilizado e apreciado pelos czares, e usado para servir chá. Atualmente, é muito utilizado pelos hotéis e empresas de catering, e para todo o tipo de eventos com bebidas quentes, tais como coffee breaks, buffets de café-da-manhã, cocktails etc; pode substituir a garrafa térmica com café, chá, chocolate, leite e todo o tipo de bebidas quentes. Apresentam-se mais ou menos estilizados; podem ser fabricados em prata, latão, com ou sem ornamentos, mas os de uso profissional têm linhas mais simples; esse utensílio aparece com frequência na literatura russa do século XIX, como nas obras de Tolstoi e Dostoievski) com este serviço. Na verdade, as refeições da primeira classe, tornaram-se o foco da maioria das grandes companhias aéreas, como a portuguesa TAP Air Portugal que oferecia faisão, caviar e outras iguarias em cada vôo.
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Comissária da empresa americana Alaska demonstrando seu novo uniforme e o uso do Samovar russo, em suas novas rotas para Moscou. |
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Propaganda da Alaska Airlines que oferecia o "Golden Samovar Service" em seus voos para a Rússia. |
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Comissária da VARIG oferecendo serviço de Primeira Classe aos seus clientes que voariam nos anos 70, nos Boeing 707. |
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Caravelle da TAP - Transportes Aéreos Portugueses: voaram na empresa até o início dos anos 80. |
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Comissária da TAP- Transportes Aéreos Portugueses oferecendo as "iguarias" portuguesas a seus clientes. Observem a janela oval do Caravelle da empresa.
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Comissárias da Southwest desfilando na escadaria de um 737 da empresa, seus uniformes de cores quentes e suas botas "go-go", marcando na empresa sucesso. |
Novos aviões causam impacto à indústria aérea
Na Europa, os britânicos e os franceses uniram-se para desenvolver a tecnologia Super Sonic Transportation (SST): uma nova tecnologia que estreou em 1970. O Concorde foi construído. A British Airways e a Air France lançaram 14 Concordes nos céus. Eles cruzaram o Atlântico em tempo recorde, mas o supersônico não foi considerado economicamente viável para as companhias aéreas americanas. Após uma série de testes, o governo americano concluiu que, o público americano jamais aceitaria ouvir barulhentos estrondos supersônicos fazendo parte de suas vidas cotidianas.
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Propaganda da British airways, anunciando seus voos com o Concorde para o Oriente Médio. |
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Concorde da British Airways.
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“Trocas de aparências” entre os tripulantes e passageiros
Em 1973, uma piloto chamada Emily Howell tornou-se a primeira mulher piloto de uma companhia aérea regular americana, a Frontier Airlines. A American Airlines e a Eastern logo em seguida, adquiriram pilotos mulheres. Foram contratadas 30 anos depois de que as mulheres americanas, britânicas, e canadenses provassem suas competências voando nos caças e nos bombardeiros da Segunda Guerra Mundial.
As aparências das comissárias de voo também estavam mudando. Em 1971, anos após a aprovação da Lei dos Direitos Civis, a Suprema Corte americana decidiu que os homens não poderiam ser negados em empregos como comissários de vôo. Em 1973, um quinto dos comissários de voo formados nos Estados Unidos eram homens.
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Propaganda da Southwest informando sobre as tarifas especiais: "Você não pode perder essas tarifas especiais hoje". |
Os comissários de voo usavam uniformes inspirados militarmente – não possuíam uniformes de cores quentes e nem mesmo sexys para eles! Os uniformes das comissárias foram também redesenhados, voltando para uma imagem mais profissional e formal. Em 1974, a American Airlines contratou Bill Blass para criar um visual mais clássico para os seus assistentes; em 1974 Halston redesenhou uniformes para a Braniff em um tecido de camurça, e Stan Herman trouxe uma aparência mais elegante à tripulação da TWA. Outros designers de renome, incluindo Valentino, aumentaram os comprimentos das vestimentas para trazer um olhar mais refinado para os uniformes femininos.
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Comissária da Air France desfilando um uniforme "mais formal", nos anos 70, porém saias um pouco acima dos joelhos. Cortesia museus Air France. |
Companhias aéreas no exterior
Em todo o mundo, a percepção dos passageiros estavam mudando tanto quanto os comissários de voo. O empresário britânico Freddie Laker introduziu o serviço "Skytrain" de Londres a Nova York e Miami variando entre US$75 a $ 100 dólares somente ida, fazendo viagens transatlânticas populares para as massas.
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A Trans World Airways, ou a TWA provove sua classe econômica "full fare", com todas as vantagens que um cliente pode obter nesta completa classe de serviço. |
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O empresário in^glês Laker introduz baixíssimas tarifas a seus clientes: possivelmente foi o precursor das "low fares- low cost airlines"?
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Com o aumento da concorrência global, algumas companhias se forçaram para competir, baseando-se em baixas tarifas. Ao contrário, o viajante de negócios ainda preferia chegar ao seu destino mais rápido. O primeiro “Super Sonic Transportation (SST)”, entrou em serviço com a Air France e a British Airways, iniciando suas operações transatlânticas com o Concorde. A Braniff também, contrariando o governo, tendo o Concorde operando nas linhas para Londres e Paris. Os serviços a jato mudaram e moviam-se ao redor do Concorde.
No exterior, particularmente nas economias industrializadas, as companhias aéreas domésticas foram surgindo como símbolos de status de um país na comunidade mundial. Os comissários de voo agora vestiam roupas tradicionais, que refletiam a cultura de seu país, os costumes sociais, e serviam a culinária local.
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Concorde da Braniff: utilizado pouquíssimo tempo pela empresa americana. |
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Concorde da Air France, no Rio de Janeiro: Nos anos 70, a empresa voava regularmente com essa aeronave percorrendo o trajeto Rio-Paris em apenas 5H15, com uma escala em Dakar, no Senegal.
Curiosidade: Vídeo da TF1 - Televisão Francesa que mostra uma pequena reportagem sobre o Concorde, mostrando o primeiro vôo comercial do aparelho para Nova Iorque e o voo para o Rio de Janeiro inaugurado em 21/01/76: Observa-se a matrícula F-BVFA entrando no pátio do antigo Galeão, onde vê-se um B737-200 da VASP que realizava o vôo de conexão para Congonhas, um Boeing 747-100 da Panam, Boeing 707 da South African e um Boeing 737-200 da Aerolineas Argentinas. O voo da Air France era o AF085: Paris-Dakar-Rio.
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Concorde da British Airways no Rio de Janeiro. Lembrando que sua antecessora, a BOAC também utilizou estes aparelhos. |
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As comissárias da PSA desfilando seus variados uniformes. |
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A British Caledonian desfilando uniformes ao estilo inglês "highland tartans", desenhado pelo famoso estilista escocês Lion Rampant. |
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Uniforme da Air Canada nos anos 70: mostra de todos os complementos do uniforme das comissárias de voo. |
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Em 1973, a Air Canadá desfila seus uniformes, trazendo uma reflexão da nova moda que era comum no Canadá.
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O passeio do “tapete mágico” nas viagens ao exterior, iniciou-se no momento em que se entrava no avião. O glamour das viagens internacionais foi grandemente reforçado pela qualidade dessas novas “equipes”.
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Excelentes serviços oferecidos, realizados por excelentes profissionais na United. |
Crise da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petrôleo), os seqüestradores e a desregulamentação
Alguns aspectos das viagens internacionais estavam longe de ser glamourosa: Na década de 1970, o preço do petróleo disparou.
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Comissárias da Continental Airlines desfilando seus novos uniformes, nos anos 70. |
As empresas aéreas voavam com suas aeronaves mais lentas para economizar combustível, por causa do aumento dos preços do petróleo na OPEP. Os anos 1970 também viram uma onda de seqüestros e assaltos nas rotas das empresas aéreas.
Os terrorismos iniciaram na década anterior, mas como os incidentes aumentaram, os comissários de voo teriam que aprender, na parte de seus treinamentos de segurança em voos, tudo sobre os seqüestros. Os preços das passagens aéreas subiram devido às taxas de segurança aeroportuárias. A declaração da desregulamentação das empresas aéreas de 1978 afetou toda a indústria aérea. Os comissários de voo viram moratórias sobre as contratações, e novas fusões e aquisições das empresas aéreas.
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Sequestro de um Electra da VARIG, PP-VJN, ocorrido em Congonhas em 30 de maio de 1972. Fonte: Veja - Edição 196
Noite em Congonhas. Final do sequestro do Electra da Varig RG131, que iria realizar a rota Congonhas - Porto Alegre. Fonte: Veja - Edição 196
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Os comissários de bordo, publicamente, continuam populares.
Apesar das manobras de marketing e os códigos dos uniformes tinham sido atenuadas, os comissários de bordo não foram menos célebres como um fenômeno cultural. A revista Cosmopolitan apresentou artigos sobre como tornar-se um comissário ou assistente de vôo e a imprensa popular continuou a sua cobertura sobre as mulheres como membros da tripulação de cabine. Na televisão, um episódio da famosa e popular Charlie's Angels, ou “As Panteras” caracterizaram buscas das detetives, disfarçadas de comissários de voo para ajudar a uma comissária a identificar um assassino; As meninas poderiam também brincar naquela época com uma boneca Barbie, que se vestia com roupas de comissária de voo (lembrando que o piloto Ken seria introduzido na década de 1990!).
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Comissárias da Swissair verificando suas escalas de serviço no aeroporto de Zurique. |
Direitos Legais para as comissárias de voo
Até o final dos anos 1970, era o momento certo para um “ar” menos picante que ostentava os ícones dos ares. A Emenda dos Direitos Iguais, ou Equal Rights Amendment (ERA), foi uma proposta de emenda à Constituição americana que procurou garantir a igualdade de direitos das mulheres sob a lei, pois havia tinha sido ratificada por alguns olhares no início de 1970 (embora em última análise, não requisitados necessariamente pelos 38 Estados Americanos). Questões feministas foram discutidas abertamente. O público abraçou um olhar para as mulheres comissárias de vôo "de uma forma mais profissional e com atitudes sensatas.
Os comissários de voo agora refletiam em ambos sexos e em uma maior extensão de idades. Aqueles que tinham sido "aposentados" pelas companhias aéreas, poderiam agora ser recontratados por uma ordem judicial. No ano de 1971, a "regra do não-casamento" para as mulheres comissárias de vôo foi derrubada, e as mulheres casadas foram autorizadas a exercer funções como tripulantes de cabine, como sempre foi o do sexo masculino. Em 1973, a Associação dos Comissários de Bordo, ou a Association of Flight Attendants (AFA) foi organizada para cuidar dos direitos dos comissários de voo. Esta força de trabalho predominantemente feminino também viu uma série de vitórias judiciais realizados pela AFA. Em 1974, uma companhia proeminente era obrigada a pagar suas funcionárias na mesma escala dos salários de seus funcionários do sexo masculino. Em 1975, a AFA desafiou a "regra da não gravidez" na indústria aérea. Em 1979, a AFA convenceu grandes companhias aéreas a "liberar" as suas políticas em peso para os assistentes de vôo do sexo feminino.
No espaço de uma década, as comissárias de bordo evoluiram a partir das meninas “fly-me” para as competentes mulheres de carreira em um campo em expansão.
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Diferentemente do pensamento americano, a espanhola Iberia introduz a figura do comissário de voo, em 1947, através de Fernando Castillo, acima. Cortesia Iberia. |
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Visão do comissário e comissária de voo da Iberia nos anos 70, em Madrid-Barajas. Cortesia Iberia.
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Em 1973, a extinta empresa australiana Ansett começa a voar com os Boeing 727-100 e -200. Esta adorável comissária mostra sua simpatia em um "push-back" da empresa. |
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Comissárias da BEA, ou British European Airways em um dos seus últimos uniformes, antes de ser absorvida pela British Airways. |
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Serviço oriental de classe na JAL nos anos 70. |
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A Air France começa a utilizar os Boeings 747 "Jumbo" e, com ele, seu refinado "glamour" francês aumenta cada vez mais. |
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A TAP - Transportes Aéreos Portugueses, também operou com o Boeing 747. Os dois que a empresa portuguesa possuia, eram batizados como "Brasil" e o outro como "Portugal". |
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A Malaysian possuia um excelente serviço, excelentes aeronaves, excelentes preços e excelentes comissárias. |
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A Northwest, foi mais uma das empresas americanas a adquirir o novíssimo Boeing 747. |
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Mais um anúncio da Northwest dos anos 70, informava que operava com o Jumbo 747 em suas rotas domésticas. |
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A Delta, nos anos 70, prezava excelente serviços em conjunto com a beleza da mulher americana. |
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A JAL, em mais um dos seus belos anúncios, mostrava as cores do novo Boeing 747 e o oferecimento de seus serviços no interior de seu "garden jet". |
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Comissária da Varig nos anos 70, realizando serviço de bordo na primeira classe da empresa gaúcha. |
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Anúncio do McDonnell Douglas DC-10. Como o Boeing 747, o DC-10 também fez sua parte nos anos 70. |
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Anúncio da National, promovendo seus voos Londres- Miami com o DC10. |
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A Braniff, além de voar com os Boeing 747, ainda voava em suas rotas para São Paulo-Viracopos com o colorido DC-08. |
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Anúncio da empresa paquistanesa de aviação, a PIA mostrando seus equipamentos em uso nos anos 70: uma empresa que possuia as aeronaves mais modernas do mundo. |
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Mais uam propaganda da United mostrando seu cortial serviço de bordo e de atenção ao cliente. |
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Curiosa propaganda da russa Aeroflot que voava com os seus Ilyushin nas rotas de Moscou à Tóquio, nos anos 70. |
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Comissárias da inglesa Monarch Airlines, fundada em 1967, nos dizendo: "Até a próxima postagem!". |