A crescente economia brasileira impulsa os vôos diretos desde a cidade espanhola de Barcelona. De momento já há dois anunciados, que poderão ser três.
No momento em que o setor aeronáutico começa a ver uma saída da crise, todas as empresas aéreas tentam inaugurar novas linhas e oportunidades de negócios que haviam sido separadas em meio à recessão econômica. Uma, das mais claras, utilizando números de passageiros no exercício de 2008, é um vôo direto de Barcelona à capital industrial e de negócios do Brasil, São Paulo.
A crescente economia brasileira, o aumento de relações comerciais entre a Catalunha e sua área de influencia desde o ponto de vista aeroportuário e, pura e simplesmente, os dados de pessoas que saem do aeroporto de Barcelona, El Prat e chegam a São Paulo, fazendo escala em outros destinos europeus, demonstravam que a aposta por um vôo direto entre as duas cidades seria muito certa.
Neste tema, a concorrência entre as empresas aéreas tem-se jogado finalmente a favor da cidade de Barcelona. As tentativas e negociações da empresa espanhola Spanair para conseguir essas autorizações para a realização dos vôos, que duraram mais de nove meses, despertaram o apetite da outra empresa espanhola, a Iberia, pelo mesmo prato. Ou, segundo algumas fontes do setor, na Iberia acenderam-se as luzes vermelhas ante a tentativa do aeroporto de Barcelona de estabelecer cada vez mais vôos diretos com a América Latina, o que faz até pouco tempo era quase uma exclusividade do aeroporto da cidade de Madrid, o Barajas e do aeroporto de Portela, na cidade de Lisboa, em Portugal para a maioria dos passageiros em direção a estes destinos.
Seja pela razão que seja. São Paulo está na moda. A Spanair, em vôo compartilhado com a Singapore Airlines, as duas empresas membros da Star Alliance, operarão três freqüências semanais da rota Singapura-Barcelona-São Paulo a partir do mês de março de 2011.
Em poucas semanas, a Iberia anunciou que também conectará diretamente a capital da Catalunha com São Paulo, a partir do dia 28 de março. Até agora o realizava com vôos que fazia uma parada em Madrid antes de cruzar o Atlântico. Curiosamente ou não, as três freqüências semanais que oferecerá Iberia (as segundas, sextas e sábados em ambas as direções) coincidem com as que oferecerão a Spanair com a Singapore Airlines.
A estes dois vôos protagonizados por companhias espanholas pode-se somar em breve uma terceira oferta, neste caso, operada pela empresa aérea brasileira TAM. Enquanto que algumas fontes relacionadas com as negociações com as autoridades aeroportuárias dão praticamente por realizada esta terceira conexão, a companhia ilude em dar uma resposta oficial.
Com estatísticas de 2008 (mais confiáveis que os de 2009, o ponto mais baixo na crise de vôos) o tráfego aéreo indireto entre Barcelona e São Paulo captou 143.775 passageiros. Os especialistas citam em 40000 passageiros anuais o limite que se considera suficiente para estudar a viabilidade de uma rota.
O comitê de desenvolvimento de rotas aéreas de Barcelona comemorou as novas conexões com São Paulo e destacou que podem ter efeitos muito positivos para unir os tráfegos de países emergentes da América do Sul com o continente asiático ante a impossibilidade técnica dos aviões de realizar vôos diretos entre eles, o que situa a cidade de Barcelona como “cidade ideal para realizar escala e converter-se em um ponto de enlace entre os dois continentes.”
FONTE: Jornal “EL PERIÓDICO”, de 16 de novembro de 2010.
A Singapore Airlines operará a rota Barcelona-São Paulo com o Boeing 777-300. |
Serviço da classe Business da Singapore Airlines. |
Serviço de jantar - entrada - da Singapore Airlines. |
Japanese Meal ofertado pela Singapore Airlines em suas rotas para o Japão. |
A Iberia operará a rota Barcelona - São Paulo com os Airbus A340-300. |
Serviço de almoço/jantar - entrada da classe Business Plus da Iberia. |
Novas "necessaires" e edredons para a Business Plus da Iberia. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário