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sábado, 22 de outubro de 2011

Desgosto nas alturas...

Antes de fazer uma viagem de instrução à Luanda, meu amigo de trabalho Roque me enviou um e-mail com fotos bem exóticas.... Fui pesquisar sobre este assunto e reproduzirei a reportagem realizada pelo jornal "SA" da Angola. Esta reportagem é bem curiosa e é um verdadeiro "desgosto nas alturas"...

Luanda - As Organizações Santos Bikuku (OSB) desistiram de utilizar um avião cargueiro que estava projetado para efetuar a excursão turístico desportiva à Guiné-Bissau, em apoio à seleção nacional de futebol angolana, que naquele país africano disputou, a última partida do seu grupo de qualificação ao CAN de 2012.

Fonte: SA
A não utilização da referida aeronave, um IL-60, de fabricação russa, foi confirmada ao Semanário Angolense, pelo «patrão» dessa organização empresarial, Santos Bikuku, que entretanto, não avançou as razões que estiveram na base de tal desistência.

Segundo o empresário, a sua organização recorreu para o efeito ao fretamento de uma aeronave do tipo Boeing 737, da companhia aérea angolana Sonair, que iria levar os excursionistas à capital bissau-guineense.

Embora Santos Bikuku não tenha evocado as razões para o recuo em relação à sua «cangalha», crê-se que tal fato ter-se-á ficado a dever a uma certa pressão exercida por alguns órgãos de imprensa, entre eles o Semanário Angolense, depois do referido cargueiro ter sido usado numa digressão ao Madagáscar, por ocasião do Campeonato Africano de Basquetebol (em seniores masculinos), que decorreu no último mês de Agosto naquele país do Índico.

Soube-se, entretanto, que o polémico aparelho tem sido usado no transporte de viaturas a partir da província angolana do Cunene. A não utilização do aparelho em causa foi, aliás, em parte confirmada por um dos responsáveis do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAVIC) que afirmou que a sua empresa não havia recebido nenhum pedido de vôo das OBS para a digressão a Bissau.

«O INAVIC não recepcionou ainda nenhum pedido de vôo a ser realizado pelo referido avião», revelou ao Semanário Angolense o diretor-geral adjunto desse órgão de inspeção e fiscalização da aviação civil, Celso Rosas.

Em relação à viagem efectuada pela mesma aeronave a Antananarivo, em Agosto, desdramatizou o assunto, afirmando que o avião «reunia as condições de navegabilidade aceitáveis para efetuar o vôo em causa».

UTILIZAÇÃO INDEVIDA DE CABEÇOTES DA TAAG

O SA soube de uma fonte da TAAG que a companhia aérea de bandeira já apresentou um protesto junto ao INAVIC pelo fato das OSB terem feito uso do símbolo da Palanca Negra no voo que levou os excursionistas ao Madagáscar.

«Já apresentamos um protesto junto do INAVIC pelo uso indevido do símbolo da nossa companhia num dos aviões das OSB», deu a conhecer, o administrador da TAAG para as Operações, Rui Carreira. «Esperamos que o mesmo cenário não se volte a repetir», recomendou.

Sobre o assunto, o empresário Santos Bikuku disse que já apresentou um pedido de desculpas à TAAG e que não voltará a fazer uso das referidas cabeceiras.

Questionado sobre o mesmo assunto, Celso Rosas confirmou ter recebido um pedido de desculpas de Santos Bikuku e que, segundo ele, o caso «está ultrapassado».

Na semana passada, o «patrão» das OSB revelou que tinha «herdado» as aludidas cabeceiras de um avião do tipo DC-9, que ele havia comprado, por empresa interposta, à Air Gemini. «Esse aparelho tinha sido antes alugado pela TAAG, que lá deixou os seus símbolos nos assentos», explicara então.

A polémica à volta do avião cargueiro, tido como um «caixão voador», não foi marcada apenas pela realização da excursão ao Madagáscar, mas também pela sua aquisição, já que ele foi comprado ao Grupo Valentim Amões, num processo alegadamente ferido de legalidade.

A reportagem é do site Club K.net e as fotos são do site famastar, todos da Angola.




















A aeronave é parecida com este modelo da foto abaixo.



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